quinta-feira, 3 de junho de 2010

A Mágica da Naninha

Numa dessas pesquisas de mãe de primeira viagem pela internet achei algo muito interessante e que me ajudou muito. O que li foi sobre a conveniência para nós e a segurança psicológica para nossos bebês de a criança ter um bicho preferido. Então achei a girafa-travesseiro que foi o segundo presente que Catarina ganhara- o primeiro foi um sapatinho vermelho de crochê para que ela vestisse na saída da maternidade. Cada vez que eu a colocava para dormir, quando ela demonstrava vontade, eu punha a girafinha em suas mãos e ela agarrava o bicho com uma delas e com a outra levava o dedo para a boca para dormir. Acho que em menos de 5 dias ela já associava o objeto com a hora de dormir. Segundo o que li, não me lembro mais aonde, ter um objeto preferido faz com que a criança sinta-se segura principalmente na ausência de sua mãe. Com a Catarina isso realmente funciona. Quando tenho que deixá-la na casa de uma das avós, sempre levo a girafa. Aliás ela ganhou até uma outra igual de sua madrinha Mel. Assim, não tem mesmo erro. Quando levo minha filha de carro por um trajeto mais longo, ao prender o cinto da cadeirinha já lhe entrego e ela dorme em segundos. Uma vez esqueci-me de levá-la e Catarina chorou um pouco no carro. Eu então percebi a importância daquela naninha. Só não vale exagerar. Não se pode banalizar o uso dela. A criança tem que estar com sono, deve ser próximo do horário de dormir. Toda vez que a neném vai dormir eu lhe dou o bicho, assim quando ela tem dficuldades de dormir no horário de sempre sem motivo nenhum (fome, sede, frio, calor, fralda suja ou dor) esse pequeno ritual mostra-se tremendamente eficaz.

domingo, 9 de maio de 2010

Presente de dia das mães!

Todos sabemos que este negócio de dia das mães, dos pais, das crianças acontece quase que totalmente para aquecer o comércio. Ontem, meu namorado e eu fomos a um shopping da região que estava ultra lotado, para comprar presentes para nossas mamães. Nos deparamos com milhares de pessoas com mesmo propósito, que para nós começava a se tornar cheio de desafios. O primeiro era achar algo diferente dos presentes ordinários. O segundo era que este fosse ao menos diferente dos anos anteriores. O terceiro era o dinheiro. Devido a este último, os dois primeiros tiveram que ser ignorados. Época de vacas magras.
Enfim, conseguimos algo dentro de nosso orçamento: Um conjunto de sabonetes da Avon com aromas de manga e romã. Bem legal.
Eu fiquei pensando no presente mais legal que já dei na vida. Foi no natal do ano passado. Museu (meu namorado) e eu compramos duas telinhas de pintura de, aproximadamente, 20 cm por 10cm. pintamos a mãozinha de catarina com tinta guache magenta ( cor de romã) , que é a base d'água e a carimbamos na superfície da tela. Ficou impossível de distinguí-la de uma mancha qualquer. Catarina, que não abria sua mãozinha por nada neste mundo, começou a se irritar. Lavamo-na e finalmente, usando a inteligência ( ou algo parecido!), pintamos seu pezinho e carimbamos outra vez na tela. Ficou tão lindo. Fizemos um quadrinho para minha mãe e um para a mãe do Museu. Gostaria de ter feito um para mim também!
Esse tipo de coisa vale muito mais do que qualquer mercadoria adquirida no desespero de uma véspera de feriado comercial num shopping caótico e com informações bombardeantes como a que vimos ontem: "sua mãe PRECISA"!
Eu penso assim, sou daquelas que acreditam que o que vale é mesmo o coração.
Hoje quando acordei, Catarina e o Museu me deram um kit jardinagem que eu amei. E minhas plantinhas também, pois vou parar de usar colher e faca da cozinha para cuidar delas. Foi um lindo presente com muito significado.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Chá de fralda x chá de bebê

Num chá de bebê as pessoas trazem brinquedos, roupinhas e outros objetos de bebê, claro. Num chá de fralda, trazem fraldas, ué! Uma amiga que tem filha pequena, a Júlia (4 anos) me aconselhou que fizesse o chá de fraldas mesmo.
O que acontece é que num chá de bebê as pessoas escolhem o que elas gostam, mesmo que você faça uma lista, não vai poder monitorar o que as pessoas trarão. Daí seu filho poderá ganhar um cavalinho de balanço rosa, três tesourinhas para cortar unhas com lanterna, roupinhas de lã- que seu bebê provavelmente não vai usar devido a sua pelezinha frágil de recém- nascido, nenhum carrinho e um monte de coisas, a maioria sem nexo, repetida ou sem função.
Já no chá de fraldas, você receberá fraldas, muitas delas. E é isso que você realmente vai precisar em boa quantidade e qualidade.
O da Catarina foi no início de agosto de 2009, um mês antes de ela dar o ar de sua graça neste mundo. Pedimos no convite feito por e-mail, sms e boca-a-boca: um grupo traria fraldas M e outro G. Fralda P se usa muito pouco e é mais barata que as outras que você precisará muito mais. Minha filha usou fralda P por dois meses, acho. A fralda M usou por cinco meses e agora começou a usar a G. Não compramos nenhum pacote de M ou de G até agora. Na verdade, eu tive que dar muita fralda M para outras mães que precisam.
Quanto às marcas, aconselhada pela minha co-cunhada que é mãe da prima da Catarina, a Malu (2 anos), pedimos Pampers, Johnson's ou Turma da Mônica Huggies. A que nunca deixou nenhuma marquinha na pele foi a Pampers. Eu considero a melhor de todas. A Johnson's eu achei meio "dura" e a Turma da Mônica deixou uma mancha verde da tinta da fralda que vazou na perna dela devido ao calor carioca. Mas, mesmo assim acho que isso não deveria acontecer de jeito nenhum. A Mari, diarista que trabalha aqui duas vezes por semana até me olhou meio estranho e perguntou o que era aquela mancha na perna da bebê. Eu fiquei ofendida pela insinuação, mas realmente parecia um hematoma (só que sai com óleo Johnson's). Assim fiquei receosa de continuar usando a fralda da Mônica. Ainda tem um montão aqui.
A comemoração do chá de fraldas pode ser um chá mesmo, com bolinhos e xícaras de chá. No meu caso deixei meu namorado organizar e acabou sendo um churrasco. Eu, vegetariana que sou, preferiria os bolinhos mesmo. Mas no fim, foi bem legal e rendeu muita diversão e fraldas! Muuuuitas fraldas!

Complementar ou não?

Leite é um assunto delicado para algumas mães. Comigo foi assim. Na minha cabeça eu amamentaria até os dois anos e teria trabalho para minha filha largar o peito, já uma criança formada. Doce ilusão. Catarina sempre foi grande e comilona. Nos três primeiros meses eu amamentei com intervalos que variavam entre uma e duas horas entre as mamadas. Você sabe o que é isso? Eu praticamente não dormi nesse tempo. Cada noite de sono durava quatro horas em média no total. Eu fiquei um caco. Minha mãe me conta que eu tinha olheiras pretas imeeeensas. Estava parecendo um zumbi do Thriller (clipe do Michael Jackson dos anos oitenta) e me sentia como um. Enquanto que na gravidez as pessoas me elogiavam, diziam que eu estava linda, desde a neném nasceu, só recebi olhares de compaixão e nenhum elogio. Eu entendo o porquê disso.
As coisas começaram a mudar quando Catarina começou a perder peso ao invés de ganhar já no segundo mês. A pediatra dela me perguntou: "Onde está o leite?" Como se eu soubesse. Me pergunto: será que ela realmente esperava uma resposta? Isso me soa como aquela perguntas budistas: 'Onde está a mente?' Pô, sei lá.
Eu comia direito, tomava vitaminas, mentalizava que eu produzia muito leite. Mas, isso não era suficiente para aplacar a voracidade daquela criança. E me sentia estéril. Mais uma vez, meus planos estavam indo por água abaixo. Primeiro foi a cesárea, e agora isso. E as mães com quem eu me deparava (inclusive a minha) comentavam o quanto seus seios jorraaavam leite. E eu acreditava, quando estava grávida que por que meus seios ficaram enormes (do 40 para o 46) isso claramente queria dizer que eu teria tanto, mas tanto leite, que daria para doar para o banco de leite e ajudar as outras crianças.
Fazer o quê? No final, a pediatra disse que eu teria que complementar a sagrada amamentação com NAN1. Apesar do orgulho ferido, pus a saúde de minha filha em primeiro lugar e segui a orientação da médica. Hehehe. Foi a melhor coisa que fiz. Já na primeira noite consegui dormir por quatro horas seguidas!!! Depois amamentei dei a mamadeira de NAN1 e dormi mais 3 horas seguidas!!! Foi a glória. E ainda por cima, no sábado eu pedia às vezes para meu namorado acordar e alimentá-la, assim eu poderia dormir umas seis horas no total. Foram passando os meses e hoje eu durmo entre sete e oito horas seguidas. Hoje posso curtir a maternidade de verdade.

Nasce minha cria

Oi! Tenho 27 anos e sou uma mamãe de primeira viagem. Minha filhinha Catarina nasceu há sete meses e três semanas de parto cesariano. Foi tudo programado para ser um parto normal, mas devido a falta de dilatação ( entrei no hospital com 1cm de dilatação e seis horas depois ainda só tinha 1 cm) tive que ir para a "faca". Minha obstetra fala que eu sofri o pior do parto normal e o pior da cesárea. Realmente foi muito complicado, mas passou. E, apesar de fora dos meus planos e sonhos, foi a melhor opção. A neném nasceu com 3.725 kg com 50cm, bem grandona e saudável às seis horas da manhã no dia 19 de setembro, véspera de primavera. Uma semana antes, uma ultrassom mal feita me informou que ela tinha aproximadamente 2.900kg o que me deixou animada para um parto normal tranquilo. Se eu soubesse de seu verdadeiro tamanho, esperaria a bolsa estourar e iria direto para a sala de cirurgia para fazer uma cesariana logo de cara. Nós sofremos com as contrações fortíssimas até que meu namorado horrorizado com meu sofrimento, que durou muitas horas, tomou a decisão. Tenho que admitir que esta foi acertada. Um dos médicos falou para ele depois, que meu corpo não aguentaria um parto vaginal devido ao meu tamanho pélvico e ao tamanho de Catarina. Ou seja, eu morreria! Olha que tragédia...
Mas como eu disse, foi complicado, mas passou.
Além disso, a noite de 18 para 19 de setembro foi um evento na maternidade. Uns 15 amigos do meu namorado esperavam ansiosamente na sala de espera da Perinatal Laranjeiras. Foram beber para comemorar, só que um deles que nunca bebe, passou mal após muitas cervejas. Teve que voltar para casa sem ver a filha de um de seus melhores amigos. Minha mãe que nunca sai de casa, muito menos se for para um um lugar onde meu pai estará presente, foi. Inclusive depois de mais de vinte anos de desprezo mútuo, eles se emocionaram juntos e até se abraçaram. Ou foi o que me contaram...